13 de outubro de 2017

PADRÃO (por Ana Clara Damasceno)

Somos todas iguais; só uma coisa nos divide: ser padrão ou não-padrão.

"Mulher bonita" é rotulada de "piranha". "Mulher feia" é "sapatão" ou "mal cuidada". "Mulher feliz" é mulher casada. Mulher divorciada é "vadia". Mulher que se diz feliz cuidando dos filhos sozinha é "triste por dentro". Mulher independente é "solitária". Mulher que mora sozinha é "infeliz", "infiel" e "antissocial". Mulher a favor do aborto é "rica" e "não gosta de crianças"... 

Mulher padrão é a mulher que não existe.

Mulher padrão, como diz Clarice Falcão em uma de suas músicas, deixa o namorado se irritar, pensa em se jogar pela janela e concretiza isso. Mulher não-padrão se lembra de que é melhor comer uma torta de amora no jantar.

Ana Clara Damasceno
Alicerces de Redação - Ismart - pH

Ana Clara indica:
Assista abaixo ao clipe da canção "Oitavo Andar", de Clarice Falcão:


Clarice Falcão

AS MULHERES MERECEM RESPEITO (por Thaís dos Santos)

O que falar sobre o sexo feminino? Um sexo que sofre bastante em, praticamente, todas as áreas da vida? Pois é, ele é sexo forte, por incrível que pareça a muita gente.

Muitas mulheres, ao saírem de casa, com suas roupas (curtas ou não), são "obrigadas" a enfrentar momentos constrangedores, por causa de homens que se sente "maiorais", como se elas fossem objetos. Homens assim pensam que um "Psiu!" vai conquistar uma mulher, mas o máximo que fará é deixá-la sem graça.

Outra ideia que explica a desvalorização da mulher por alguns homens é em relação às profissões. Quem disse que as mulheres não podem ser pedreiras, engenheiras ou exercer qualquer outra profissão que exija força física ou que seja mais comum entre os homens? Por conta dessa superioridade forjada, até os salários são injustos para elas.

O sexo feminino é muito concentrado na busca por seus objetivos. Quando queremos algo, lutamos até conseguir. Nada é impossível para a mulher, "que alcançará todos os horizontes", como se pode ler em Cântico I, de Cecília Meireles.

Thaís dos Santos
Alicerces de Redação - Ismart - pH

Thaís indica:
Ouça abaixo um recital de "Cântico I", de Cecília Meireles:




9 de outubro de 2017

NÓS TEMOS PODER! (por Vitória Caroline)

<Relato ficcional>
Dirigindo sem rumo nas ruas da Califórnia, penso em tudo o que consegui nesses 22 anos de vida. É surpreendente, ainda, para muitas pessoas, uma jovem de 22 anos ser financeiramente independente dos pais. É engraçado ver a cara de alguns homens quando veem uma mulher nova "melhor" do que eles, como se duvidassem do nosso potencial. 

Sou uma mulher, estudei, corri atrás dos meus sonhos... Por que não posso ser bem sucedida na vida?Eu posso, eu quero, eu vou conseguir alcançar todos os meus objetivos.

Desde pequena, ouvia da minha mãe: "Eu acho que as meninas podem fazer qualquer coisa. Elas só precisam acreditar em si mesmas." Com o passar dos anos, descobri que a minha avó, Elvira Meliksetyan, já falava isso. E eu acreditei! Até hoje somos subestimadas, como se fôssemos frágeis, mas não somos! Somos fortes e decididas.

Nós temos poder.

Hoje em dia, dou palestras contando como consegui "subir na vida" e percebo o preconceito de alguns homens mesquinhos. Mas é bom ver que as mulheres têm seu lugar garantido no mundo - e podem conseguir tanta coisa quanto os homens. 

Só basta querer.

Vitória Caroline
Alicerces de Redação - Ismart - pH

RÓTULOS (por Bruna Costa)

Elas lutaram. Morreram queimadas por levantar a voz e desejarem o que era delas por direito. Faz dois séculos que os primeiros sinais de feminismo começaram a surgir, a luta por direitos iguais, não importa o gênero.

<RELATO PESSOAL>
Eu fui privada. Criada em casa, assistindo a televisão, brincando de boneca, aprendendo a gostar de rosa e rotulada, por uma sociedade machista, como sexo frágil, sensível, calada e domada. Só que não vai acontecer. Lamento informar a todos os leitores desse texto, mas eu sou diferente.

Queria ter voz, fazer diferença, manifestar-me... Achava que ser a Miss Universo seria o ideal. Infelizmente, fui cegada pelo estereótipo de beleza padrão. Eu amadureci e comecei a fazer outro tipo de mudança e a pensar de outra forma.

Caro leitor, informe a mim se minha infância foi igual a sua; se você é homem, obviamente, não. Sua criação é para ser "macho", forte, valente, o homem da casa. Somos rotulados. Mas podemos mudar; terei filhos e os criarei de modo diferente, incentivando-os a gostar de qualquer cor, de qualquer brincadeira, e a serem felizes do jeito que são.

Daqui a dez anos, pretendo já estar trabalhando, recebendo o mesmo salário que qualquer pessoa a qual realize a mesma função - e espero que todas as outras mulheres também. Não quero mais precisar trocar de roupa com medo de estupro nem temer chegar sozinha após certo horário.

Não fiz esse texto com o objetivo de obrigar o meu leitor a ser feminista. O foco de hoje é fazer com que reflitam sobre quantas mulheres são assediadas, estupradas ou mortas diariamente por terem se calado e aceitado o seu castigo. Peço, encarecidamente, para que se manifestem, soltem a voz para que, futuramente, não seja necessário perguntar se ainda é preciso lutar, e que a igualdade de gênero seja algo comum.

Bruna Costa
Alicerces de Redação - Ismart - pH

8 de outubro de 2017

NOTAÇÃO DAS MULHERES (por Pedro Nunes)

<RELATO PESSOAL> Confesso que, há algum tempo, eu tinha uma filosofia preconceituosa com relação às mulheres. Por exemplo: pensava que mulher não podia jogar futebol, que as meninas não deveriam estar desacompanhadas de meninos - por questões de segurança -, que meninas não poderiam brigar, só meninos, entre outras coisas. Todas essas ideias sumiram da minha cabeça, graças à notação que as mulheres buscam ter pela sociedade.

Por muitos anos, as mulheres de todo o mundo buscam ter sua liberdade, já que muitas eram obrigadas a viver à mercê dos homens; O pior é que nunca tiveram a oportunidade de se rebelar contra isso. Ainda bem que, com o avanço da modernidade, elas puderam ter esse direito. Um exemplo dito por Cecília Meireles em seu poema "Personagem" é o seguinte: "Teu corpo, e teu rosto, e teu nome; teu coração, tua existência; tudo - o espaço evita e consome; e eu só conheço a tua ausência."; uma forma de revelação ao que provavelmente a personagem sofria por amor.

Pedro Nunes Santos
Alicerces de Redação - Ismart - pH

Pedro indica:

Cecília Meireles

A NOVA MULHER (por Adriane Valério)

Em uma sociedade machista, tudo para a mulher é mais difícil de se conquistar. O preconceito ainda é muito grande contra elas. Com isso, o sentimento dessas mulheres é afetado. Porém, o mundo está evoluindo, e a mulher está conquistando seu lugar na sociedade. 


Já existem mulheres trabalhando em áreas que antigamente eram denominadas "lugares de homens". Isso não estaria ocorrendo se a mulher não acompanhasse tal evolução nem abrisse sua mente. Antigamente, havia mais medo, pois era mais comum a agressão por parte dos homens. No trecho do poema de Paula Pimenta, "...eu falei suave demais", observa-se que a mulher não tinha coragem de enfrentar uma sociedade patriarcal. Ela se sentia menosprezada e incapaz de enfrentar aquela situação. Hoje em dia, porém, a mulher tem maior apoio para lutar pela igualdade com mais garra. 



A mulher, a nova mulher contemporânea, se sente mais segura e confiante. Com isso, podemos evoluir muito mais e resolver um dos maiores problemas sociais que é o preconceito de gênero.


Adriane Valério Ribeiro
Alicerces de Redação - Ismart - pH

Adriane indica:
"Inverno", de Paula Pimenta

Inverno 

Eu devia ter gritado mais alto
Para minha voz alcançar o seu ouvido
Eu queria ter te chocado mais
Para ter causar alguma reação
Eu podia ter te deixado no silêncio 
Para te largar no escuro, sem pista

Mas eu falei suave demais
Com medo de te acordar
Eu cheguei bem de mansinho
Para você não se assustar
Eu quis te avisar do segredo
Para sentir a sua reação

Porém, não houve reação
Silenciou a canção
Calou o violão
Mudou a estação

E você não me avisou pra preparar blusa de frio.

Paula Pimenta

UM BRASIL AINDA MARCADO PELO MACHISMO (por Lucas Santos)

Hoje em dia, as mulheres brasileiras ainda sofrem preconceito tanto no trabalho como no esporte. Quase todas as empresas dão o melhor cargo e o melhor salário para os homens, enquanto elas, às vezes mesmo exercendo o mesmo ofício, recebem menos. Muitas pessoas ainda acreditam que as mulheres não podem exercer os mesmos empregos que os homens.


Existem mulheres que criam os filhos sozinhas, logo, o certo seria que os salários entre homens e mulheres fossem iguais. O sexo feminino, muitas vezes, não tem a mesma liberdade que o sexo masculino. Já dizia Clarice Lispector: "Ela é tão livre que um dia será presa - presa por quê? Por excesso de liberdade.". A expressão "excesso de liberdade" foi escrita ironicamente, porque a autora fez esse texto criticando o preconceito contra a mulher brasileira. 



A população feminina também sofre preconceito nos esportes. Por exemplo, no futebol masculino, os homens ganham dezenas de milhares a mais que as mulheres no futebol feminino, cujas jogadoras chegam a ganhar, no máximo, unidades de milhar. 



O melhor a se fazer é igualar os cargos, os salários e os direitos entre homens e mulheres. Estas devem lutar por seus direitos, para conseguir vencer o preconceito, o que tornará o Brasil melhor para a próxima geração de mulheres.



Lucas de Souza Fernandes dos Santos

Alicerces de Redação - Ismart - pH

Lucas indica:
Clique aqui e leia um breve texto de Clarice Lispector

Clarice Lispector